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ARTIGO - José Mendonça, a opção pela simplicidade 

  • Foto do escritor: Cefas Alves Meira
    Cefas Alves Meira
  • 23 de out.
  • 2 min de leitura

                           Manoel Marcos Guimarães (*)


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“Polivalente, tem o culto da forma”, “Jornalista de verdade”, “Rigoroso, seguro, ameno”, “Mestre e exemplo” são alguns dos títulos de depoimentos de amigos do professor Mendonça para o livro que publicamos em 2009 e que, somados, resumem bem a trajetória de vida e profissional desse “formador de jornalistas” que acaba de nos deixar, próximo de completar 108 anos de idade.

 

Idade rara, como rara foi toda sua vida, marcada pela simplicidade e que tivemos – eu e Flávio Friche, ex-alunos, e a historiadora Maria Auxiliadora de Faria – o privilégio de ouvi-lo contar em sessões semanais e mais de vinte horas de entrevistas gravadas.

 

Reproduzo parte da abertura do livro:

“O que ressalta da história de vida do professor Mendonça – e fica bem claro nos depoimentos recolhidos – é sua absoluta dedicação a todos os empreendimentos de que participou, sempre de maneira discreta, porém firme, sem qualquer sinal de vaidade ou de procurar atrair holofotes.

 

Seu espírito e sua maneira de ser, talvez, possam ser resumidos na escolha que ele próprio fez do sobrenome, já que os pais o haviam registrado apenas pelo prenome, como era usual: podendo optar por um conjunto quase aristocrático de sobrenomes, preferiu a simplicidade e passou a assinar-se apenas José Mendonça. A partir desse nome, construiu a história do Professor Mendonça”.

 

Mendonça tem exemplos de vida a dar em todas as suas atividades: no jornalismo, na docência, no sindicalismo, sempre marcados pela firmeza e pela ética. Cito apenas um.

 

Eleito segundo presidente do Sindicato dos Jornalistas, foi pioneiro ao recusar-se a entregar ao Ministério do Trabalho, para a posse, um “atestado de ideologia” passado pela Delegacia de Ordem Política e Social. A diretoria tomou posse e manteve sua posição, mesmo diante de cobranças do Ministério, que chegou até a propor que eles assumissem como “interventores”, como forma de driblar a legislação, proposta recusada.

 

A iniciativa ficou conhecida como “a rebelião dos jornalistas mineiros, foi seguida por outros sindicatos brasileiros, até que a exigência foi revogada pelo Ministério.

 

Há várias outras histórias, contadas por ele e por colegas no livro “José Mendonça – A vida revelada”, que faz parte da Coleção ‘Humanitas’ da Editora UFMG e ainda está disponível na Livraria da Universidade.

              

      (*) Manoel Marcos Guimarães é jornalista e ex-aluno do professor José Mendonça

 

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