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  • Cefas Alves Meira

Adriana e Vinícius e a despedida do amigo Euler





Fundadores da TOM, os três publicitários mantiveram a forte amizade, mesmo com a saída de Euler da agência. (Foto @gustavomarxny))

Vítima da Covid-19, o publicitário Euler Andrade morreu domingo (20). Estava internado havia mais de 20 dias. Euler foi diretor de agências de porte, como BMC, Perfil, DNA, e da Tom, que fundou em 2001, juntamente com os também publicitários Adriana Machado e Vinícius Alzamora.

Euler deixou a TOM em 2007, para se dedicar a projetos pessoais. Mas continuou interagindo com ex-sócios, já que a amizade não foi abalada com o término da sociedade.


Poema de despedida

Pelas redes sociais, Adriana e Vinícius divulgaram um texto, na verdade um poema, despedindo-se do amigo Euler Marques Andrade:

Amigo de muitos momentos, às vezes irmão mais velho, às vezes caçula, possessivo, vaidoso, competitivo, sempre uma boa conversa, um bom conselho, uma sugestão desconcertante, uma disposição eterna de ver as pessoas mais alegres. Nem sempre nos dá o benefício da dúvida, porque detesta errar.

É perfeccionista e por isso às vezes injusto. E quando ele próprio se apercebe disso, enlouquece, porque em seu coração tamanho família só não tem espaço para os filhos-da-puta. Ainda bem. Filho único no meio de tantas irmãs, traz na alma o vigor dos machos e a sensibilidade das fêmeas.

Vai ver é desse equilíbrio que vem a imagem de poder, de espetáculo, de auto suficiência, de bom gosto estético, de gosto eclético, principalmente na música, onde até o jazz tem seu lugar, embora o que toque mesmo é um bom sertanejo, de raízes, daqueles de fazer boi chorar e vaca tossir. Prático, sempre acredita num jeito diferente de resolver as coisas. Entende e respeita leis e regras, mas não se deixa limitar por elas. É um espírito provocador, desses que se permite pensar fora de padrão a ponto de surpreender inclusive aqueles que já o conhecem como indivíduo em contínua expansão.Todo espaço é pouco. Se não tem, inventa.

De vez em quando, invade. Poucos momentos vimos esse cara se achando vítima, salvo quando verdadeiramente o foi. Mas vítima do destino, das coisas inevitáveis da vida, nunca de maldosas tentativas da intenção humana. Agora, não se enganem vocês diante de tantos elogios e algumas pequenas críticas. O cara também é gente. É feliz e chora. É forte e cansa. É mestre e aprende. É manso e agride. É silêncio e grita. É oposto e aproxima. É crente e duvida. É tudo e nada. Dessa convivência extrema, e de extremos, aprendemos que em você tudo que relue é euler.

Adriana e Vinição.

Detalhe: relue não é erro de digitação, mas Euler ao contrário.

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