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  • Cefas Alves Meira

Rádios AM não vão acabar, esclarece presidente da AMIRT



AM local passou para FM ou AM regional, explicou o empresário

O rádio AM continuará existindo no Brasil, ao contrário de muitos anunciarem erroneamente sua extinção. A afirmação é do presidente da Associação Mineira de Rádio e Televisão, Mayrinck Pinto de Aguiar Júnior, esclarecendo decisão tomada pelo Ministério das Comunicações sobre as emissoras de Amplitude Moderada, as AM.

 

Migração

Mayrinck explica que em 2022 o MCom determinou que as rádios AM locais, de baixa potência tinham até 31 de dezembro daquele ano para migrarem para FM ou AM regional, de maior alcance. Quem não migrasse seria extinta, o que realmente ocorreu com algumas emissoras.

 

Já as rádios AM de alcance regional e nacional poderiam continuar operando normalmente. Caso queiram mudar de frequência, contam com a possibilidade de efetuar essa mudança posteriormente. Em Minas, cerca de 150 emissoras migraram para FM ou AM regional, disse o dirigente da Associação.

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Pouco efeito

“As rádios AMs de classe C, consideradas AMs locais ou de baixa potência, foram impactadas pela medida. Mas na prática isso teve pouco efeito, tendo em vista que a maioria delas já tinha decretado suas próprias extinções, uma vez que concluíram suas respectivas migrações para a faixa FM. A adesão geral da migração para o FM no Brasil foi de 96%”, destacou o presidente da AMIRT.

 

O empresário revela que no país 1.210 rádios AM locais efetuaram essa mudança, processo que teve início em 2013, com a publicação do decreto presidencial nº 8.139. “Essa medida atende a uma demanda antiga do setor que vinha sofrendo com a perda de sua audiência, pelo fato desse serviço ser mais suscetível a ruídos e interferência. As emissoras que migraram ganharam aumento na qualidade da transmissão, e a população foi beneficiada com mais acesso à informação”, ressaltou.

 

Faixa estendida

Na região metropolitana de BH, iniciou-se em 2023 a migração das AM para a faixa estendida, várias emissoras estão no processo de migração dentre elas Rádio Capital, rádio Itatiaia, Rádio Aurilândia e Rádio Atalaia.

 

A faixa estendida FM, abreviada como eFM, refere-se à extensão da faixa de transmissão FM entre 76,1 e 87,3 MHz, além da faixa convencional de 87,5 a 108 MHz que era usada anteriormente. O espectro recuperado foi anteriormente usado para transmitir os canais de televisão VHF 5 e 6 antes da transição para a televisão digital do país, que foram desativadas e não estavam mais em uso, para que as rádios AM fossem migradas para o FM. As primeiras emissoras iniciaram as transmissões em 7 de maio de 2021.

 

Essa faixa estendida está sendo utilizada em grandes centros como Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, entre outras metrópoles, , respeitando assim as condições atuais da faixa FM “convencional” (utilizada pelas FMs atualmente). Nos dials FMs não compatíveis com o número de estações AMs que pediram migração, a faixa estendida pode ser utilizada.


Problemas

Dois problemas afetam a faixa estendida. O  primeiro é a inexistência dessa faixa na maioria dos receptores que hoje são utilizados pelos ouvintes e/ou estão disponíveis no mercado. A intenção do governo é incentivar a presença do FM estendido nos novos receptores que serão fabricados, sejam na linha automotiva como também em outros modelos mais básicos. Como isso leva tempo, as AMs que forem para o FM estendido provavelmente continuarão operando em AM por um período com previsão máxima em aberto, para que a audiência se adapte com a mudança.


O segundo problema é que a liberação desses canais estendidos não é rápida. Esse espectro em FM compreende os canais 5 e 6 da TV analógica, essa que ainda não migrou totalmente para o sinal digital. O início do processo de desligamento desses canais foi iniciado em 2016, com cronograma que vai até 2019 e que contou com várias alterações de dadas. Mercados importantes como São Paulo e Brasília já tiveram a TV analógica desligada.

 

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