top of page
Alvorada -TIKTOK.gif
  • Cefas Alves Meira

Eduardo Costa retorna 2ª-feira à TV, agora na Band Minas



Com 38 anos de Itatiaia, o jornalista volta a apresentar programa de TV, agora o "Boa tarde, Minas"

O jornalista Eduardo Costa, que apresenta o programa matinal “Rádio Vivo”, na Rádio Itatiaia, retorna à telinha segunda-feira, meio-dia, comandando o novo “Boa tarde, Minas”, da Rede Bandeirantes.

Cogitado para ser vice-governador de Romeu Zema no início no início da campanha eleitoral de 2022, o repórter teve de se afastar da Record, onde apresentava o “MG no Ar”. O “Boa tarde, Minas”, revela o jornalista, está focado em um conteúdo diversificado, com ênfase no noticiário policial, tendo como pano de fundo o humor e os bordões que caracterizam o apresentador.


Em entrevista ao Blog do Cefas, Eduardo discorre sobre a profissão que escolheu, sua forte e crescente presença no rádio e na TV, abordando também política e até vida familiar. Eduardo Costa e o autor do blog trabalharam juntos, nos anos 80, no extinto “Diário da Tarde”, dos Associados.


Escalada

Eduardo nasceu em 1956, em uma vila humilde chamada Inácia de Carvalho, então distrito de Vespasiano. Hoje é bairro de São José da Lapa, município surgido em 1992 pelo processo de emancipações que ocorreu em Minas.


Ele conta como conseguiu seu primeiro emprego:

“Meu pai tinha um caminhão. Toda manhã ele pegava leite nas fazendas de Vespasiano, Ribeirão das Neves, Pedro Leopoldo e cidades vizinhas, e entregava em BH na Itambé, maior marca de laticínios do Estado. Eu sempre ia junto. De tarde ele completava o orçamento fazendo carretos, carregando tijolos, móveis e outros fretes que apareciam”. E prossegue:


“Quando eu tinha nove anos, éramos na época cinco irmãos, hoje são sete, ele decidiu que deveríamos mudar para BH. Estudar era preciso. Dois anos depois de estar morando na capital, um belo dia meu pai, saindo da Itambé, foi a um hotel na avenida Santos Dumont, centro da capital, ver um empresário amigo. O dono do hotel se empolgou comigo, e arrumei meu primeiro emprego, de boy, carregando malas, depois ascensorista”.


“Aos 14 anos um hóspede, atraído talvez pela minha humildade e agilidade, se mostrou também disposto a me ajudar e perguntou se eu queria trabalhar em banco. Era o meu sonho, disse a ele. Me orientou a fazer datilografia. Fiz, e ele me levou para um banco, onde trabalhei até os 19. Galguei vários postos lá dentro e um dia uma colega, vendo eu atender com admiração o Vargas Vilaça, homem de rádio famoso naquele tempo e depois grande amigo, perguntou se eu gostava de rádio. Sim, respondi. Por que você não faz jornalismo? Comecei, e daí a pouco tempo estava trabalhando ao mesmo tempo em dois veículos, Jornal de Minas e Rádio Guarani, e depois no Diário da Tarde, onde fiquei oito anos. De lá fui para a Rádio Itatiaia, onde estou há quase 38 anos”, revela.


Telinha

E como foi a ida para a televisão? “Na verdade, a Record Minas foi uma casualidade. Eu já havia sido sondado por algumas emissoras, mas nunca havia topado. Eu amo mesmo é o rádio. Mas insistiram. É uma boa proposta, e você não precisa sair da Itatiaia, disseram. Aceitei fazer uma experiência, e fiquei na Record quase 12 anos. Foi muito legal, fui muito feliz nesse período. Saí quando surgiu o episódio reeleição de Romeu Zema. Fui sondado para ser vice-governador na chapa. A pessoa que estava dirigindo a emissora em Minas, na época, fechou questão. Eu tinha que sair, pedir demissão. Tudo bem, decidi. Eu saio, tenho um bom salário. Pedi demissão”.


“Ora, o governador havia me perguntado se eu queria ser vice dele. Como eu poderia dizer não a um cara que eu considero sério e estava consertando o Estado? Logo eu, que critiquei políticos a vida inteira? Topei, mas a candidatura de vice-governador dependia de arranjos partidários, tinha o Aécio Neves no meio, e ele começou a pedir coisas indecentes. Resolvi cair fora, ficar quietinho no meu canto, feliz do jeito que sempre fui”, enfatiza.


Formação

E o “Boa tarde, Minas”, na Band? Como surgiu o convite? Além dos quase 12 anos na TV Record, Eduardo Costa ostenta um excelente currículo:


“Sou bacharel em jornalismo, e depois de família formada, lá pelos anos 2.000 voltei a estudar. Fiz pós em jornalismo na Fundação Dom Cabral, focado em Responsabilidade Social e Sustentabilidade. Fiz outra pós, Fundação Getúlio Vargas, a FGV, em Valores Humanos. Dava oportunidade de ir a Ohio fazer MBI Executivo. Aproveitei a oportunidade. Por fim, fiz mestrado em Ciências Sociais na PUC Minas, meu TCC foi “Modos de Vida nas Cidades, a Natureza das Interações Sociais no Mercado Central de Belo Horizonte. Um mestrado muito legal. E de vez em quando faço alguns cursinhos; neste momento estou fazendo um curso na Fundação Euvaldo Lodi, pela FIEMG, de formação de conselheiros, ser conselheiro de empresas. Se um dia o mercado precisar, estaremos aí. E a vida segue, trabalhando na Itatiaia e agora Band Minas, lendo um bom livro e fazendo umas coisinhas em casa”, conta, acrescentando:



Eduardo estreia o "Boa tarde, Minas" na Band segunda-feira, a partir do meio-dia

“Estou na Itatiaia há quase 38 anos na Itatiaia, e pretendo continuar enquanto eles me quiserem, embora pretenda me aposentar, pendurar as chuteiras aos 70, em 2026. Na rádio minha principal ocupação é de manhã. Faço Conversa de Redação de 8h40m às 9 horas. De 10 às 11 e meia o Rádio Vivo. Então, saio e vou subir a Raja Gabaglia, é pertinho da emissora, pra fazer o Boa Tarde, Minas na Band”.


Sobre o novo programa, que será apresentado a partir de segunda-feira de 12h às 13h, ele explica que vão continuar sendo divulgadas as ocorrências policiais, que dão audiência. “E também outras notícias relevantes na educação, saúde, lazer etc. Sempre com o humor e a leveza que procuro transmitir, inclusive com os meus bordões, que o povo gosta muito. Um jornalismo sério, mas alegre. Carrancudo, nunca. E também sem gritaria, detesto”.


A família é sua principal audiência, dando apoio, fazendo elogios, não poupando críticas. “Sou casado há quase 42 anos com a Nídia, grande companheira com quem tenho duas filhas. A Fernanda, geóloga, e a Sara, oitavo período de medicina, quer ser oftalmologista. E a Fernanda me deu agora mais uma grande alegria em minha vida. Nasceu a Clara, neta que é hoje a maior emoção para esses meus cabelos brancos”.


190 visualizações0 comentário
bottom of page