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  • Cefas Alves Meira

Chico Pinheiro, 32 anos de TV Globo, deixa a emissora


O apresentador do Bom Dia Brasil, repórter (como ele gosta de ser chamado) Chico Pinheiro, deixou a Rede Globo nesta sexta-feira (29/4). A emissora comunicou o fato por meio de uma nota interna, enviada aos funcionários.


O comunicado, assinado pelo diretor-geral de jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel, diz que o jornalista deixa a emissora após 32 anos, em “comum acordo”. Chico tem 68 anos.


A nota

Kamel, o todo-poderoso do jornalismo global, distribuiu ontem a seguinte nota ao corpo funcional da emissora:


Depois de 51 anos de jornalismo diário, 32 deles na Globo, em comum acordo com a emissora, Chico decidiu deixar o dia a dia da vida de repórter, como ele faz questão de se definir. Pretende se dar um [período] sabático e, mais adiante, se dedicar a atividades num ritmo mais espaçado.


E combinou comigo que esperaria o fim de mais uma brilhante transmissão do Carnaval, a que se dedica há 20 anos, para que esse anúncio fosse feito, numa sexta-feira.


De nós, seus colegas e amigos, fica o reconhecimento de ter convivido na redação com um dos grandes jornalistas que a televisão brasileira já produziu e uma das pessoas ‘boa gente’ com quem já compartilhamos histórias e experiências. Entre mim e Chico fica carinho e amizade, e muitas sextas-feiras por vir. A ele, agradeço em nome da Globo por toda a contribuição que deu ao nosso jornalismo.


Carreira

Chico Pinheiro não é mineiro, embora radicado há quase sete décadas nas Gerais. Nasceu em Santa Maria, Rio Grande do Sul, e ainda bebê veio para o estado, quando sua família, que tinha ido para o Sul,retornou a Minas.


Chico formou-se em jornalismo pela PUC Minas e começou sua carreira no Diário de Minas, passando depois pelo Jornal do Brasil e pela Globo Minas.


No final de 1989, transferiu-se para São Paulo, contratado pela TV Bandeirantes. Inicialmente, editou e apresentou diariamente o programa Canal Livre, então de perfil comunitário, além de fazer comentários políticos no telejornal local noturno da emissora.


Em 1992, coordenou a cobertura da segunda visita do Papa João Paulo II ao Brasil. No mesmo ano, recebeu um prêmio da APCA pela cobertura do impeachment de Fernando Collor.[1] Ainda na Bandeirantes, foi âncora do Jornal da Noite (1992-1993), do Jornal de Domingo (1993) e do Jornal da Band (1993-1995).


Em 1995, Francisco de Assis Pinheiro assumiu o cargo de diretor de jornalismo da Rede Record e âncora do Jornal da Record, principal telejornal da emissora. No dia 12 de outubro, um pastor da Igreja Universal do Reino de Deus chutou uma imagem de Nossa Senhora de Aparecida durante um programa religioso na madrugada do canal.


O episódio levou Chico a entrar em desacordo com a direção da rede, o que resultou na sua demissão e a Rede Record alegou que Chico cometeu infração da ética profissional ao colocar no principal telejornal da emissora uma reportagem sobre o famoso caso “Chute na Santa”.


Logo em seguida, em 1996, transferiu-se para a Rádio CBN, ocupando o cargo de apresentador do Jornal da CBN. Permaneceu na rádio até 1997.


Ainda em 1996, Chico Pinheiro foi convidado a retornar à Rede Globo, agora na Globo São Paulo, para ocupar os postos de apresentador do Bom Dia São Paulo e editor do Bom Dia Brasil, que estreava novo formato.


Desde então Chico passou a apresentar o Jornal Nacional e o Jornal da Globo.


O jornalista é conselheiro benemérito e torcedor declarado do Clube Atlético Mineiro, além de ser conselheiro do Instituto Ayrton Senna.

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