O jornalista, romancista, cronista e contista mineiro Carlos Herculano Lopes, 67 anos, é o novo membro da Academia Mineira de Letras. Natural de Coluna, Vale do Rio Doce, o acadêmico vai ocupar a cadeira número 37 da AML
Fundada por Olympio Rodrigues de Araújo, a cadeira 37 tem como patrono Manoel Basílio e já foi ocupada por Affonso Aníbal de Mattos, Edgard de Vasconcellos Barros e, mais recentemente, por quase 20 anos, pelo poeta e contista mineiro Olavo Celso Romano, falecido em novembro do ano passado. A posse será em abril, data ainda a ser definida pela AML.
Incentivo da mãe
Carlos Herculano é filho de Iracema Viana de Oliveira, professora do antigo curso primário. Ainda criança foi incentivado pela mãe e professora a se aproximar da literatura.
Aos 11 anos mudou-se para Belo Horizonte, onde estudou no Colégio Arnaldo, e depois se formou em Comunicação Social, tornando-se jornalista.
Carreira
Em 1977, iniciando-se no jornalismo, Herculano atuou como secretário do suplemento literário extinto do Jornal de Minas, e dois anos depois passou a trabalhar no Estado de Minas, como repórter do caderno EM Cultura.
Em 1980, aos 24 anos, Carlos Herculano estreou na literatura com a edição independente de “O Sol nas Paredes”, livro de contos que o próprio autor encarregava-se de vender em bares e faculdades. Seu segundo livro foi “Memórias da Sede”, também de contos. O terceiro foi o romance “A Dança dos Cabelos” (1984) e o quarto, o também romance “Sombras de Julho”. Em 1987 ele conquistou o Prêmio Lei Sarney, como Autor Revelação.
O escritor disputou com outros sete candidatos, recebendo 2 votos brancos e sendo eleito com 27 votos, em um total de 35 votantes. A Comissão de Apuração foi formada pelos acadêmicos, Jacyntho Lins Brandão, J. D. Vital, e a gestora da Academia, Inês Rabelo.
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