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O Novembro Azul e a importância do exame de toque para diagnóstico de câncer de próstata. É o recado dado pelo ator Antônio Fagundes, 74 anos, no canal de humor do Youtube Porta dos Fundos, que aderiu à campanha. Novembro é o mês em que, mundialmente, a sociedade combate essa doença tipicamente masculina.
No canal, em um vídeo de quatro minutos Fagundes mescla informações sérias com piadas e até usa expressões pesadas, brincando com o fato de muitos homens ainda terem preconceito de ir ao médico após os 40 anos.
Região anal
Antes de iniciar uma série de piadas sobre a região anal masculina, o ator global se dirige ao internauta do Porta dos Fundos da seguinte forma: "Você me conhece das novelas, mas hoje estou aqui para falar de um assunto sério. Você sabia que a cada 38 minutos morre alguém por câncer de próstata?".
E complementa: "A pergunta que fica é: quando é que você vai liberar esse cu? Colocar o cuzinho para jogo é a melhor forma de se prevenir contra essa doença, responsável por 28% das mortes quando se trata de neoplasias malignas".
A importância do exame
O Instituto Nacional do Câncer prevê que devem ocorrer cerca de 72 mil novos casos de câncer de próstata a cada ano para o triênio 2023-2025. Segundo o Inca, as orientações de especialistas são as mesmas que para outros tipos de tumores: quanto antes a detecção, maiores as chances de tratamento e cura.
Na fase inicial, observa o Instituto, o câncer de próstata é assintomático e não altera a vida do paciente. Já na fase avançada ele pode causar dores, vontade de urinar o tempo todo, inclusive à noite (chamado de nictúria), sangue ao urinar e disfunção erétil.
Fatores de risco
Os fatores de risco associados ao câncer de próstata são, em primeiro lugar, a idade, seguida de histórico familiar, tabagismo, sobrepeso e obesidade.
Além do exame de toque retal, a detecção de câncer de próstata é dada por alterações no chamado PSA livre (antígeno prostático específico).
Segundo o ministério da Saúde, embora seja importante o diagnóstico precoce para detecção do câncer em estágios iniciais, revisões sistemáticas recentes (estudos que sintetizam o conhecimento produzido até então e apresentam novos dados ou interpretação de um assunto) identificaram que o rastreio aumenta significativamente o número de novos casos, mas sem redução significativa da mortalidade.