“Não dei autorização para nenhum deles, e a gente não concorda em associar a imagem da Alice a fins políticos ou religiosos. Então, a gente também não autoriza campanhas de divulgações”. Foi como Morgana Secco, mãe da menina Alice, fenômeno da internet pela linguagem precoce para sua idade, reagiu ao uso, nas redes sociais, de memes envolvendo a imagem de sua filha.
Nos memes, Alice aparece fazendo declarações, com linguagem infantil, criticando jocosamente personalidades do meio político (como "Bolsonalo vagabujndo"), esportivo e de entretenimento, entre outras áreas. A incidência aumentou principalmente depois que a garotinha gravou comercial onde há um diálogo com a atriz Fernanda Montenegro, para o banco Itaú.
Após o desabafo, em tom de denúncia, de Morgana Secco, os memes se voltaram para a própria mãe de Alice, com um dos internautas postando “Mamãe chata pra calalho”, o que irritou ainda mais a indignada Morgana.
Como Alice se tornou figura pública, o uso de sua imagem, diante da ainda incipiente jurisprudência digital brasileira, deve permanecer sem qualquer possibilidade de punição para os autores desses memes, como já vem ocorrendo com outras personalidades do mundo dos famosos.
Ancelmo Góis, colunista do jornal O Globo, estima que mais de 100 milhões de pessoas viram o comercial estrelado por Fernanda Montenegro e Alice nas últimas semanas, o que, segundo o jornalista, estimulou o surgimento dos memes.
A agência paulista Africa, que criou a campanha publicitária para o banco Itaú, preferiu não se manifestar sobre a polêmica envolvendo a garotinha-propaganda.
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