O processo licitatório aberto pela Cemig para a área de publicidade está emperrado. A concorrência, que prevê uma verba anual de R$ 18 milhões, já vinha sofrendo críticas do mercado por estabelecer que apenas uma agência vai atender a estatal energética mineira.
Essa decisão foi tomada pelo diretor de Relações Institucionais da empresa, jornalista Marco Antônio Lage, e a insatisfação se dá porque há mais de 30 anos a Cemig vem sendo atendida por duas agências. Hoje, a conta é dividida entre RC Publicidade e 18 Comunicação.
Mas a licitação está engavetada por um outro motivo. Em 28 de outubro, durante a entrega dos envelopes, a Comissão Especial de Licitação fez constar na ata a seguinte observação: “Foi comunicado aos presentes que a abertura dos envelopes 1 e 3 foi adiada, tendo em vista solicitação da ABAP – Associação Brasileira das Agências de Publicidade, capítulo Minas Gerais -, por meio de ofício à Cemig, diante da iminente impetração de mandado de segurança por parte do Sinapro - Sindicato das Agências de Propaganda, de Minas Gerais”.
Ou seja, como o Sinapro/MG já havia detectado diversas irregularidades na concorrência, e iria acionar a Justiça em defesa dos interesses das agências de publicidade mineiras, inviabilizando o processo, a ABAP/MG se antecipou e comunicou o fato à Cemig, que, ao invés de anular a concorrência, optou por apenas interromper o processo.
Em comunicado aos participantes, a Comissão de Licitação, por meio de um de seus membros, Diego Alves Ferreira, anuncia: “Informamos que estamos alterando a data de abertura dos envelopes 1 (proposta técnica) e 3 (conjunto de informações) sine die.
Oportunamente, a data e horário serão divulgados”.
Condenando a iniciativa da empresa, fontes ligadas ao mercado revelaram que como o sindicato viu irregularidades no processo licitatório, cabia à Cemig debater com a entidade a questão, e não simplesmente interromper sine die a concorrência.
Estão participando da licitação as agências 18 Comunicação, Perfil252, Tom, Solution e Oro.
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