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Foto do escritorCefas Alves Meira

Planalto: ignorar grandes veículos e pulverizar verbas

A Secom pretende aplicar a verba publicitária em pequenos jornais, sites e blogs, e emissoras de rádio e TV que apoiam o governo Bolsonaro

Além de estar investindo pouco em publicidade nos grandes veículos impressos e eletrônicos – com exceção de algumas emissoras “amigas” - nesses 20 meses de governo, o Palácio do Planalto anunciou que vai pulverizar, de agora em diante, as verbas destinadas à divulgação das ações do Executivo Federal.

Trata-se de um claro recado aos grandes veículos – sobretudo jornais e TV -, onde a grande maioria é considerada como opositora e inimiga da gestão Bolsonaro. Assim, a invés de direcionar cotas maiores de recursos para a grande mídia, a Secretaria de Comunicação vai pulverizar, anunciando em jornais e emissoras de rádio e TV de pequeno porte, espalhadas por áreas ou redutos onde o governo federal tem mais afinidade e votos. Isso, além de sites e blogs que defendem a ideologia e as ações governamentais.

Critérios

Essa nova estratégia de comunicação, que na verdade já é praticada extraoficialmente, foi apresentada em seminário promovido pelo Tribunal de Contas da União, onde se discutia critérios para alocação dos recursos em campanhas publicitárias do Planalto.

Durante o encontro, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, tentou provar que, com mais anúncios em mais veículos, é possível atingir mais pessoas, gastando uma mesma quantia. E levantou uma hipótese: investindo R$ 3,6 milhões de forma pulverizada, o governo poderia alcançar o mesmo público, se aplicasse R$ 33 milhões em anúncios nas emissoras da TV Globo, tida, desde o início da gestão Bolsonaro, como adversária.

A reunião no Tribunal de Contas da União foi motivada por uma representação apresentada ao TCU, amparada por reportagem do UOL, mostrando um aumento de 63% nos gastos com publicidade no 1º trimestre de 2019 em relação ao mesmo período de 2018. Passaram de R$ 44,5 a R$ 75,5 milhões no período. A ação argumentava que houve alteração no padrão de distribuição entre os principais veículos de comunicação: Globo, Record e SBT. E também apontava falta de critérios técnicos e impessoais na distribuição de recursos entre essas emissoras.

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Além do ministro das Comunicações, Fábio Faria, participaram do encontro os ministros do TCU José Múcio Monteiro, Vital do Rêgo e Bruno Dantas; o diretor de Redação do site Poder 360, Fernando Rodrigues; e representantes da Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade), da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), da ANJ (Associação Nacional de Jornais), da IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau), do Cecap (Centro de Altos Estudos em Controle e Administração Pública), do Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão), e da Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda).

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