O comercial veiculado pela Gillette, onde Neymar Jr se defende da fama de cai-cai, difundida no mundo inteiro durante e logo após a Copa da Rússia, não foi feito só e unicamente para o jogador se defender. Ele cobrou da Gillette um cachê de1 milhão de reais.
O vídeo não agradou os torcedores, e muito menos ao segmento publicitário – com exceção, claro, da agência Grey, que criou o vídeo.
Para Washington Olivetto, considerado o maior publicitário do Brasil e especialista em campanhas de oportunidade, o filme não foi bom nem para a empresa nem para o camisa 10 do PSG.
REALIMENTA - "A campanha volta diretamente ao tema e realimenta o problema. Isso é natural, pois a gente fica relembrando problema que aconteceu. Ele é um fenômeno de talento e não de mídia. Mas, como ele tem talento, a solução não é a mídia", disse Olivetto, em entrevista à revista Época.
"Com o seu talento, é possível esquecer tudo em três meses. Essa é a sensação que eu tenho, mas na comunicação a gente não tem certeza de tudo", frisou o publicitário, que mora na Inglaterra.
"Como um profissional da área, acho que o Neymar tem um patrimônio único para recuperar a sua imagem, que é o seu talento jogando futebol. Nesse momento, a melhor coisa que ele poderia fazer é se poupar da presença na mídia e se dedicar a jogar futebol. Só assim ele vai recuperar a imagem em pouco tempo", disse.
E completou: "Que o Neymar exerça seu talento jogando bola e saia da mídia. Eu acho que as pessoas ficarão mais solidárias com o Neymar quanto mais ele exercer seu talento como jogador. Ele não tem obrigação de ir de se desculpar".
Neymar Jr não fez o desabafo só e unicamente para se defender. Cobrou da Gillette um cachê de1 milhão de reais.
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