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Morre Márcio Ehrlich, editor do portal Janela Publicitária 

Foto do escritor: Cefas Alves MeiraCefas Alves Meira

 



Choque séptico e falência múltipla de órgãos levaram à morte, na manhã desta segunda-feira, 24, do jornalista carioca Márcio Ehrlich. Tinha 74 anos e editava, há cinco décadas, a coluna e hoje portal Janela Publicitária. Ele deixa esposa, dois filhos e um neto.

 

Ehrlich tem sua Janela Publicitária como site de propaganda mais lido do Brasil, divulgando campanhas, estratégias e fatos institucionais das principais agências de publicidade de todos os estados da Federação, sobretudo o eixo Rio-SP.

 

Colunistas

Conheci Márcio Ehrlich no início dos anos 80, quando fui escalado pelo autor da coluna Arte Final e diretor-executivo do jornal Estado de Minas, Édison Zenóbio (já falecido), a cobrir o Prêmio Colunistas Centro-Leste.

 

A premiação é dividida por regionais e durante muitos anos contou com apoio do EM. Ehrlich era o organizador do Centro-Leste, e um corpo de jurados, do qual eu fazia parte, analisava peças enviadas por agências de Minas, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

 

Janela, história

Já há alguns meses o portal Janela Publicitária, talvez pela própria precariedade de saúde do titular, vinha sendo editado pela também jornalista Renata Suter.

 

Emocionada, Renata foi quem divulgou na manhã de hoje a morte de Márcio. “Ele me fez prometer que seria a Janela, através do meu texto, quem daria esta notícia tão triste. Quem diz que jornalista tem que ser isento, se engana, principalmente em um momento como este”, disse.

 

E no post do Janela Publicitária desta segunda, Renata Suter passou a palavra espiritualmente a Márcio Ehrlich, que em vida havia escrito um artigo sobre sua vida, sua carreira, e o portal.

 

Alguns trechos do artigo.

“Foi a partir de julho de 1977, através da própria Janela Publicitária, que me meti no colunismo especializado em publicidade. Vivíamos naquela época em outro século, quando mouse era apenas o sobrenome do Mickey. E a Janela era uma coluna publicada somente às sextas-feiras no jornal carioca Tribuna da Imprensa.

 

Tanto tempo depois, acho que ainda me divirto com o que faço. Aliás, sempre procurei me divertir, experimentando o que fosse possível na área de comunicação. Me divertindo assim acabei sendo jornalista, publicitário, desenhista, relações públicas, músico e ator. Tudo de carteirinha. Além de ter me formado pela UFRJ, como Médico Psiquiatra. Afinal, judeu da minha geração ou virava médico ou engenheiro. Enquanto Deus ou a violência urbana não me pararem, eu me dou o direito de ir aprontando.

 

Para ser preciso com a história, estou na área de comunicação desde 1969, quando publiquei a minha primeira história em quadrinhos, uma tira diária chamada Sir Lancelot, na Tribuna da Imprensa. Tempos emocionantes, em que antes de se publicar alguma coisa ela tinha que ser aprovada pelos censores que a ditadura militar mantinha dentro do jornal.

 

Tive várias tiras impedidas de serem publicadas. Apesar de que nunca soube se a pedido dos militares ou dos leitores. Não só a Tribuna teve coragem de publicar meus cartuns e quadrinhos. Veículos como O Cruzeiro, O Pasquim e o Jornal de Ipanema, entre outros, também. Só que naquele tempo eu assinava Cid e Marcio Sidnei. Cartunista no Brasil jamais poderia se assinar Ehrlich.

 

Uma coisa leva a outra, quando me dei conta estava mais escrevendo do que desenhando. E não escrevi só sobre publicidade, mas também sobre histórias em quadrinhos e sobre vídeo games, na coluna Vídeo Guia do jornal O Globo, por exemplo. Fui parar também na televisão falando de publicidade na TV E (Programa Intervalo), TV S (Programa de Domingo) e TV Bandeirantes (Programa Propaganda & Mercado). E falando também pelo rádio, na Panorama FM e na Jornal do Brasil AM (Programa Marketing e Publicidade)”.

 

Durante muitos anos, para pagar o pão de cada dia, também bati ponto. Fui diretor de planejamento da Dinâmica Promoções, especializada em Marketing Promocional. Por dois anos e meio, na década de 80, cumpri a minha cota de trabalho em agência de publicidade, como atendimento e gerente de comunicação da V&S.

 

Eu mesmo não posso ter certeza se adiantou alguma coisa, mas tenho tentado fazer algumas coisas - que pelo menos eu acho - boas para ajudar o mercado carioca, até mesmo dentro de suas associações. Fui diretor da ABP-Associação Brasileira .de Propaganda; da ABM-Associação Brasileira de Marketing; diretor de eventos da Abap-Rio e presidente da AMPRO-Rio, a Associação de Marketing Promocional. Do GAP - Grupo de Atendimento e Planejamento-, fui um dos fundadores.

 

Márcio concluiu assim o artigo sobre sua vida:

“Estou atualmente como vice-presidente executivo da Abracomp-Ass.Bras.dos Colunistas de Marketing e Propaganda e coordenador nacional do Prêmio Colunistas. Aliás, às vezes me sinto meio jurado profissional de publicidade. De premiações de propaganda, acho que já participei de no mínimo 200 julgamentos, não só do Colunistas. Provavelmente poderia estar no Guinness, se jurado de propaganda fosse uma categoria”.

 

 

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