A indústria mineira deve crescer 10,15% em 2021. É o que revela levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, que divulgou hoje um balanço do setor, juntamente com análise das atividades econômicas do Estado.
O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, ao apresentar o balanço, afirmou que essa performance deve-se, principalmente, aos excelentes resultados alcançados este ano pelas indústrias de extração mineral e de transformação.
Colhendo frutos
Roscoe destacou que o crescimento da indústria só pode acontecer por meio de investimentos, acrescentando que Minas Gerais está começando a colher frutos advindos da atração de empreendimentos. E atribui isso às práticas relacionadas aos prazos de licenciamento ambiental e às legislações, que garantem incentivos fiscais e segurança jurídica aos empresários.
O empresário enfatizou que dos R$ 150 bi de recursos atraídos para Minas somente em 2021, anunciados recentemente pelo governo estadual, significam um crescimento de 3% ao ano para o próximo triênio. “Esse investimento vai se traduzir em crescimento. E o crescimento vai se traduzir em geração de empregos e renda para a sociedade”, frisou o dirigente da Fiemg.
Flávio Roscoe fez questão de salientar que a desburocratização do licenciamento não significa o incentivo ao desrespeito às garantias de preservação ambiental, e que a indústria mineira já se destaca na utilização de recursos sustentáveis, como é o caso da madeira proveniente de florestas plantadas no Estado.
Na dianteira
Depois de revelar que o PIB da indústria mineira deve crescer até o final do ano 10,15%, o levantamento desenvolvido pela Federação estima que a alta da atividade industrial vai girar em torno de 3,43%. Esses números, comemora Roscoe, demonstram que as estratégias adotadas por Minas Gerais colocam o Estado à frente da média nacional.
A indústria extrativa mineral, mostra o balanço, terá crescimento de 16,08%, seguida pela indústria de transformação (11,81%) e indústria da construção (9,04%). Apenas a indústria de energia e saneamento obteve este ano resultados negativos (-6,3%), devido à crise energética e hídrica enfrentada no terceiro trimestre do ano.
Um economista da Fiemg alerta sobre os desafios que devem ser observados em 2022, como o agravamento do quadro fiscal e o alto patamar da dívida pública brasileira. Consequências, segundo ele, da desaceleração da atividade econômica imposta pelas restrições de circulação da população e dos gastos públicos, com a pandemia.
Comments