
"Sugestão séria, ministro Luis Roberto Barroso: suspender Datafolha e Ibope, proibindo a divulgação de pesquisas de quem errou fragorosamente nas eleições anteriores". A afirmação, em uma rede social, é do empresário assumidamente bolsonarista Marcelo de Carvalho, sócio-fundador da Rede TV!
E argumentou, referindo-se ao ministro da Propaganda de Adolf Hitler, que "o criminoso Goebbels ensinou que a divulgação maciça de desinformação é a mais potente arma na doutrinação de um povo".
Censura
Carvalho exigia do ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, censura às pesquisas de opinião. O motivo da agressividade do empresário foi o último levantamento do Datafolha, divulgado esta semana, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece com 56% de intenções de votos, contra 31% de Jair Bolsonaro, num possível confronto no segundo turno nas eleições presidenciais de 2022.
O sócio e apresentador da Rede TV!, defendendo a suspensão dos dois institutos de pesquisa (desconhecendo que o Ibope foi extinto recentemente), disse que nas eleições de 2018 houve previsões de que Fernando Haddad seria eleito presidente, Romeu Zema perderia a corrida ao governo de Minas Gerais, e Dilma Rousseff e Eduardo Suplicy se elegeriam senadores Marcelo Carvalho. Preferiu ignorar o fato de que as pesquisas de opinião retratam tendências de momento, não sendo prognósticos de futuro.
Marcelo Carvalho, dentro dessa linha de raciocínio, sugere a Barroso que institutos de pesquisa “com erros acima da razoabilidade” fiquem suspensos das eleições seguintes, para “revisar suas metodologias”.
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