
Silvio Santos completa 90 anos em 12 de dezembro. Mas não tem motivos para comemorar. Por causa da crise econômica, agravada pela Covid-19,
desde o mês passado a emissora vem enxugando o seu quadro de funcionários e o quadro se agravou quarta-feira (7/10), quando foram demitidos Leão Lobo, Lívia Andrade e Mamma Bruschetta.
No início do mês, Maísa Silva anunciou que deixaria a emissora, após 13 anos. Outra estrela, Larissa Manoela, encerrou seu contrato no final do ano passado, e o jornalismo da emissora foi desfalcado de nomes como Roberto Cabrini e Rachel Sheherazade; ele está agora na Record, e ela foi para o Metrópoles.
Mais dispensas no grupo comandado por SS. Arlindo Grund e Isabella Fiorentino, apresentadores do esquadrão da Moda, foram atingidos pela crise, e o programa, que voltaria a ser exibido, teve seu retorno adiado por cauda da pandemia. O mesmo ocorreu com o elenco de “As Aventuras de Poliana”, que continua de braços cruzados, sem saber se voltará a gravar a nova fase da novela, “Poliana Moça”.
As produções dos programas de Raul Gil e de Patrícia Abravanel foram demitidas, mas os apresentadores seguem na folha. Nos corredores do SBT circulam boatos de que até 500 funcionários da emissora sejam dispensados até dezembro, com a emissora, como as concorrentes, exibindo
reprises de programas. E muitos deles mostrando atores sem máscaras, sem o SBT alertar o telespectador que as gravações foram feitas antes do coronavírus.
ERROS
Sílvio Santos cometeu erros imperdoáveis. Um deles foi não investir forte no jornalismo quando o Covid-19 chegou ao país, e o telespectador na expectativa de novidades sobre a pandemia.
Outro erro foi falta de visão ao adquirir os direitos de transmissão exclusiva da Taça Libertadores da América – custo de R$ 316 milhões – e não tendo o retorno financeiro que esperava. O público do SBT não é essencialmente ligado ao esporte, e os potenciais patrocinadores já haviam analisado isso, ao assinarem os contratos, negociando grandes descontos na tabela de preços.
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