Uma indenização de até US$ 400 milhões, cerca de R$ 1,5 bilhão. É o resultado de uma ação ganha pela empresária Kátia Rabello, executiva do ex-Banco Rural.
Envolvida no escândalo do mensalão, Kátia ganhou uma ação na Justiça das Ilhas Cayman. Motivo: o maior escritório de advocacia de Cayman, um paraíso fiscal no Caribe, foi condenado por ter violado a relação de confidencialidade entre cliente e advogado. Kátia era a beneficiária final de uma empresa offshore envolvida em irregularidades no Brasil.
E o que são paraísos fiscais? Países que cobram impostos reduzidos e têm legislação rígida, procurando ocultar os seus clientes, e os investimentos que eles realizam.
A mineira Kátia Rabello foi condenada em 2012, e desde 2017 se encontrava em liberdade condicional.
ALÍVIO - A indenização bilionária, embora ainda possa haver recurso, vem aliviar financeira e emocionalmente a empresária.
Kátia, que era bailarina, foi obrigada a assumir o Rural com a morte de sua irmã, Júnia, vítima de um acidente de helicóptero. Cinco anos depois, perdeu o pai, Sabino Rabello, em acidente automobilístico. Em 2012, foi condenada pelo STF a 16 anos e 8 meses, acusada de o Banco Rural ter sido usado para repassar propina para parlamentares do grupo de apoio ao Partido dos Trabalhadores.
No ano seguinte à condenação de Kátia, o Banco Rural foi objeto de liquidação, pois segundo o Banco Central não apresentava mais condições de solidez e credibilidade para continuar desenvolvendo. (Foto Valter Campanato)
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